segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Chuva

Chuva do meu berço
Por que de ti gosto, desconheço
Mas a tua cinza cor me satisfaz
Tua melancolia me seduz o corpo
E sinto a pele, vestindo a pele
Buscando o calor levado por ti
Me sinto nublado por te obedecer
Mas não é tristeza o meu cobertor
Chamo o abraço por causa do teu frio
Dos teus trovões busco descobrir
Aqui de casa, de ti recolhido
A razão por gostar de ti
Mas tu, calada e sem timidez
Esbraveja sem dizer palavra
Dando à luta que tenho só a fotografia
É da minha mãe, que em casa ficava
E de beijos enchia meu rosto
É pela lembrança, chuva, que tens o meu amor

Um comentário:

Luciana Guerra disse...

Ai, que lindo! :'(

Tive que ler duas vezes para entender, rs. Mas a culpa é sua, que usa muitas inversões!

Mas gostei muito mesmo! Tanto da "narrativa" quando da imagem formada em si. Gosto muito dos 2 tipos de coisa: qdo um poema conta uma história e quando ele mostra uma imagem.

Parabéns!

PS: eu não sabia que vc estava postando em setembro! rs

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