sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Bach, café e liberdade

Conta uma peça de Bach a história de uma moça querendo liberdade. Proibida pelo pai de tomar café, insistia em desobedecer. O homem, irresignado com o comportamento da filha, fez uma promessa: arrumaria um bom casamento, se ela, enfim, o obedecesse.

Dissimulada, aceitou. Foi com os dedos cruzados, que respondeu apenas para si: “Caso, mas só se o homem deixar eu tomar café todos os dias...”. Prometeu ao pai, mas jurou o verso com maior prazer.

Pois bem. A natureza humana é de ser livre. Tudo que tolhe a liberdade traz a queda da face às palmas do lamento. Sorriso bom é o dos ventos, correndo pelas curvas do mundo.

Um relacionamento sem confiança encolhe as vontades. Um trabalho sem paixão estanca os desejos. A saúde em falta acama os sonhos. O homem quer uma estrada, entapetada e estendida pelas frentes do horizonte.


(Leonard Freed)

(Nikos Economopoulos) 
 
(Bruno Barbey)

2 comentários:

Taís. disse...

gostei muuuito! Do texto e das fotos, lindos!

Hugo Cravo disse...

Bom todo! \o/

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